A cada três segundos é diagnosticado um novo caso de demência no Mundo. No total, são afetadas 47,5 milhões de pessoas e só a doença de Alzheimer representa 60% a 70% dos casos, segundo dados da Organização Mundial de Saúde.
Em Portugal, estima-se que existam 182 mil pessoas com demência.
São números alarmantes de uma doença degenerativa bastante temida e que não tem cura. Começa com pequenos esquecimentos, normalmente aceites pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento e que se agravam progressivamente.
As pessoas com Doença de Alzheimer passam a apresentar alterações da personalidade, com distúrbios de conduta e acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmas.
A doença vai evoluindo e as pessoas tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, vão perdendo a mobilidade, a fala e passam a necessitar de cuidados e supervisão permanente, até mesmo para as atividades elementares do quotidiano como comer, lavar-se ou vestir-se.
Na Doença de Alzheimer o diagnóstico precoce é fundamental. Cabe aos familiares e cuidadores a capacidade de detetar alguns sinais de demência ou doença de Alzheimer, sobretudo nas pessoas com mais idade ou que apresentem alterações comportamentais.
Para tal, a Alzheimer Portugal, Associação Portuguesa de Familiares e Amigos de Doentes de Alzheimer, disponibilizou uma lista de sinais de alerta que facilita a tarefa e permite um apoio atempado a quem mais necessita.
Um dos sinais mais comuns da Doença de Alzheimer, especialmente nas fases iniciais, é o esquecimento de informações recentes. Outros exemplos incluem o esquecimento de datas importantes ou eventos, repetir a mesma pergunta várias vezes, usar auxiliares de memória ou mesmo membros da família para as coisas que habitualmente se lembrava por si mesmo.
Algumas pessoas podem perder a capacidade de desenvolver e seguir um plano de trabalho, trabalhar com números, seguir uma receita familiar ou gerir as suas contas mensais. Podem ter muitas dificuldades de concentração e levar muito mais tempo para fazer coisas que habitualmente faziam de forma mais rápida.
Podem ter dificuldades em conduzir até um local que já conhecem, gerir um orçamento de trabalho ou em lembrar-se das regras do seu jogo favorito. A pessoa com Doença de Alzheimer pode ser incapaz de preparar qualquer parte de uma refeição, ou esquecer-se de que já comeu.
As pessoas com Doença de Alzheimer podem perder a noção de datas, estações do ano e da passagem do tempo. Às vezes podem até esquecer-se de onde estão ou como chegaram até lá.
Para algumas pessoas, ter problemas de visão pode ser um sinal de Doença de Alzheimer. Podem ter dificuldades de leitura, dificuldades em calcular distâncias e determinar uma cor ou o contraste.
As pessoas com doença de Alzheimer podem ter dificuldades em acompanhar ou inserir-se numa conversa. Podem parar a meio da conversa e não saber como continuar ou repetir várias vezes a mesma coisa.
As pessoas com Doença de Alzheimer podem colocar as coisas em lugares desadequados, perder os seus objetos e não serem capazes de voltar atrás no tempo para se lembrarem de quando ou onde o usaram. Às vezes, podem até acusar os outros de lhes roubar as suas coisas.
As pessoas com Doença de Alzheimer podem sofrer alterações na capacidade de julgamento ou tomada de decisão. Por exemplo, podem não ser capazes de perceber quando os estão claramente a enganar e ceder a pedidos de dinheiro.
As pessoas com Doença de Alzheimer podem começar a abandonar os seus hobbies, atividades sociais, projetos de trabalho ou desportos favoritos. Podem começar a demonstrar dificuldade em assistir a um jogo do seu clube até ao fim, como faziam antes, ou podem esquecer-se de acabar alguma atividade que começaram.
O humor e a personalidade das pessoas com Doença de Alzheimer pode alterar-se. Podem tornar-se confusos, desconfiados, deprimidos, com medo ou ansiosos. Alguém com a Doença de Alzheimer pode apresentar súbitas alterações de humor, da serenidade ao choro ou à angústia, sem que haja qualquer razão para tal facto.
Menos de metade dos casos desta doença são de causa hereditária, ou seja, é passado pelos pais ou avós da pessoa, que acontece em pessoas mais jovens, entre 40 e 50 anos.
Observou-se que pessoas com a doença de Alzheimer têm um acúmulo anormal de proteínas, chamadas proteína Beta-amiloide e proteína Tau.
A acetilcolina é um importante neurotransmissor liberado pelos neurónios, com um papel muito importante para transmitir os impulsos nervosos do cérebro e permitir que este funcione adequadamente.
O Alzheimer também se manifesta devido à condições que são influenciadas pelos nossos hábitos, e que causam inflamação no cérebro, como:
Uma excelente forma de evitar a Doença de Alzheimer é ter hábitos de vida saudáveis, preferindo uma alimentação rica em vegetais em detrimento dos produtos industrializados.
O médico é a pessoa indicada para iniciar o processo de diagnóstico. Após avaliar os sintomas e solicitar os exames necessários, pode fazer um diagnóstico preliminar e o encaminhamento para um médico especialista – neurologista ou psiquiatra.
No estágio inicial, podem surgir sintomas como:
Nesta fase, a pessoa não se lembra de situações recentes mas recorda memórias antigas, o que torna mais difícil perceber que pode ser sinal de Alzheimer.
Progressivamente os sintomas agravam-se e podem surgir:
Nesta fase, a pessoa torna-se depende de terceiros. Já não consegue realizar as tarefas diárias, devido à confusão mental. Além disso, vai perdendo a mobilidade
Na fase mais avançada da doença, os sintomas anteriores intensificam-se e surgem outros:
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