Grupo de trabalho do SMI do HFF apresentou as novas recomendações para transporte de doentes críticos adultos no XI Congresso Luso-brasileiro de Medicina Intensiva

10 Julho, 2023

Um grupo de trabalho integrando vários/as profissionais de saúde do Serviço de Medicina Intensiva (SMI) do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) apresentou as novas recomendações para transporte de doentes críticos adultos no XI Congresso Luso-brasileiro de Medicina Intensiva.

A apresentação das novas normas foi realizada por Paulo Freitas, Diretor do Serviço de Medicina Intensiva (SMI) do HFF, Coordenador do Grupo de trabalho para o efeito, e coautor das normas originais, de 2007, e pela Enfermeira do SMI do HFF, Raquel Matias.

O transporte de doentes críticos envolve sempre um alargado conjunto de riscos. Esse transporte pode ocorrer entre hospitais, pela necessidade de facultar um nível assistencial superior, ou mesmo entre serviços de um mesmo hospital, por exemplo para a realização de exames complementares de diagnóstico.

O texto proposto nas novas recomendações atualiza o documento original de 2007 à luz das novas evidências científicas, e inclui o transporte de populações especiais, nomeadamente, de doentes sob oxigenação por membrana extracorporal (ECMO) e doentes com patologias infeciosas de alta transmissibilidade.

O manual aborda de forma exaustiva quase todas as questões: da ética ao planeamento, da formação ao controlo de qualidade e acompanhamento, do equipamento aos profissionais que devem acompanhar o/a doente no seu transporte, entre múltiplas outras questões que não ficam ao acaso na abordagem ao doente crítico.

O grupo de trabalho para revisão das normas de transporte de doentes críticos foi constituído pelos intensivistas do HFF  Tiago Ramires e João Carvalho e pelos enfermeiros especialistas do SMI do HFF Hélio Correia e Raquel Matias.

“Seja no transporte de doentes críticos entre o local da ocorrência e a unidade de saúde, o chamado transporte primário, seja no transporte de doentes críticos entre unidades de saúde, que apelidamos de transporte secundário, há sempre por trás um trabalho multidisciplinar e de equipa, que aliado à definição de protocolos muito claros, equipamentos de ponta e formação contínua, contribuem para diminuição de risco e maior sucesso na abordagem ao doente crítico. O contributo dos profissionais do HFF para a criação desta cultura de segurança e cadeia de competências em todo o Serviço Nacional de Saúde é motivo de orgulho para a instituição”, refere Paulo Freitas, Diretor do SMI do HFF.

O texto foi revisto por peritos nomeados pelo Colégio de Medicina Intensiva da Ordem dos Médicos e Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos, que o subscreveram, e foi publicado online em ambos os sites destas entidades. Pode ser acedido através do QR Code que aqui partilhamos nesta notícia, ou através deste link: https://ordemdosmedicos.pt/transporte-de-doentes-criticos-versao-atualizada-2023/