Hoje, 6 de fevereiro, assinala-se o “Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina (MGF). Trata-se de uma prática que se identifica como uma violência de género indo contra os direitos das mulheres e das crianças.

Os números apontam para que, em Portugal, hajam cerca de 1000 meninas em risco, por ano, de serem submetidas à Mutilação Genital Feminina. O Hospital Fernando Fonseca (HFF) detém o maior número de referenciações e, consequentemente, identifica mais casos de meninas em risco.

Em 2023 foram encontrados 78 novos casos de mulheres, com idades compreendidas entre os 20 e os 45 anos, que foram sujeitas a estas práticas até aos nove anos de idade. A estes novos casos referenciados pelo HFF juntam-se as 374 utentes, vítimas de MGF, que o HFF identificou entre 2015 a 2023.

As mulheres referenciadas em 2023 foram mães de 40 meninas. São estas meninas que o grupo de trabalho, dedicado a identificar e sinalizar as utentes vítimas de MGF do HFF, referenciou para mecanismos de proteção, posteriormente desencadeados.

Infelizmente, a Mutilação Genital Feminina é uma realidade a nível mundial que todos/as, sem exceção, temos o dever de combater, contribuindo para a erradicação desta prática a nível planetário.