O Robot Cirúrgico do Hospital Fernando Fonseca, da ULS Amadora/Sintra, realizou a primeira ação no âmbito da Cirurgia Geral, ao efetuar uma hemicolectomia (remoção parcial do cólon) num paciente diagnosticado com cancro. A cirurgia foi realizada no passado dia 11 de junho, marcando o arranque da atividade robótica neste serviço, depois de mais de um ano ao serviço exclusivo da especialidade de Urologia, onde já foram realizadas 115 cirurgias.
A operação esteve a cargo da equipa de Cirurgia do andar Inframesocólico, composta pelos cirurgiões Dr. Paulo Alves e Dr. Ricardo Rocha, este último coordenador do Centro de Referência para a área de Oncologia de Adultos – Cancro do Reto. A partir desta primeira experiência, a unidade passará a realizar cirurgia colorretal robótica uma vez por semana, alargando assim o acesso dos doentes a esta tecnologia de ponta, com particular enfoque nos casos acompanhados pelo Centro de Referência – Cancro do Reto.
Esta primeira intervenção em Cirurgia Geral consistiu numa hemicolectomia esquerda com anastomose intracorpórea robótica, tendo sido diagnosticada ao doente uma neoplasia do cólon descendente. A equipa responsável integrou ainda a anestesista Carolina Sá, as enfermeiras Catarina Mendinhas (instrumentista), Glória Simões (anestesia) e Germana Bastos (circulante), bem como a auxiliar Isabel Pereira. O procedimento decorreu com sucesso, demonstrando as vantagens da cirurgia minimamente invasiva assistida por robot.
O sistema cirúrgico Da Vinci Xi chegou ao HFF em abril de 2024 e realizou a sua primeira cirurgia no mês seguinte, uma prostatectomia radical efetuada pelo urologista Dr. Fernando Ferrito. Desde então, foram formados diversos profissionais, incluindo cirurgiões, anestesistas, enfermeiros e auxiliares de bloco operatório e de esterilização, num investimento contínuo na modernização dos cuidados de saúde.
Importa recordar que o Hospital Fernando Fonseca foi o primeiro hospital público não central do país a adquirir este sistema, e o único equipado com uma mesa cirúrgica emparelhada e sincronizada, que permite uma articulação mais eficaz entre o robô e a posição do doente durante a intervenção.
Depois da Urologia e da Cirurgia Geral, o próximo passo será expandir a atividade robótica à especialidade de Ginecologia, com o objetivo de chegar a um número cada vez maior de doentes, sobretudo mulheres com patologia oncológica. A aposta na cirurgia robótica confirma o compromisso do HFF com a inovação, a segurança clínica e a excelência no tratamento de doenças complexas.