Médica Intensivista do HFF sagrou-se campeã europeia de judo (classe F4)

28 Junho, 2023

Carolina Costa, médica especialista em medicina intensiva do Serviço de Medicina Intensiva do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF), sagrou-se campeã europeia, na classe F4, no Campeonato Europeu de Judo de Veteranos de Podcetrtek, que se realizou este mês de junho na Eslovénia.

A atleta, que também é árbitra, treinadora, e dirigente associativa, trouxe a medalha de ouro para o HFF, onde diariamente, integra uma equipa altamente diferenciada que assegura cuidados altamente diferenciados a dezenas de doentes críticos que estão sob a responsabilidade do Serviço de Medicina Intensiva do HFF.

Aplaudida à chegada por todo o serviço e pelos colegas, Carolina Costa partilhou connosco o que é que o Judo, desporto que a fascina e que pratica desde os cinco anos de idade, lhe ensinou ao longo de quase quatro décadas, e como é que “esta estranha forma de vida” que a leva “ao tapete” uma e outra vez a ajudou a ser uma melhor médica, trabalhando com a vida de tantos milhares de doentes tão complexos que já lhe passaram pelas mãos.

“O judo é mais do que um desporto para mim. É um estilo de vida. Quando chego ao tapete, esqueço tudo o que está para trás. Faz-me muito bem à cabeça”, garante a médica especialista que diariamente convive com a vida no limite do fio da navalha. Carolina Costa explica que, filosoficamente se leva mais do “tatami” para a unidade dos Cuidados Intensivos do que dessa sala de cuidados altamente diferenciados para o tapete.

“Levamos acima de tudo a resiliência. O cair e o levantar. E a lição de que cada combate é um combate. Nesta competição, por exemplo, lutei duas vezes com a mesma adversária, e foram combates completamente diferentes. Aqui, no serviço de Medicina Intensiva do HFF, é igual: cada doente é um doente; cada doença em doentes diferentes pode ter manifestações distintas, e até a mesma doença, no mesmo doente, em circunstâncias ou momentos distintos da sua vida, se pode manifestar-se de maneiras variadas. É com essa certeza que nós, médicos intensivistas, devemos enfrentar os combates contras as mais variadas doenças”.

Carolina Costa está sempre a pensar no próximo combate. Não se vê a parar. “A pessoa mais velha deste campeonato celebrou os seus 86 anos na prova”. Para já, prepara mais uma missão humanitária nos países de expressão de língua portuguesa, de formação e capacitação de profissionais de saúde destes países na área da medicina intensiva e abordagem ao doente crítico.

A médica intensivista do HFF acumula medalhas de ouro no seu desporto de eleição, mas para a instituição ela e o seu enorme coração brilham como esse mesmo precioso metal.