Francisco Madeira, coordenador da Unidade de Arritmologia, afirma que, em todas as suas vertentes, invasivas e não invasivas, “a Arritmologia é um dos pilares fundamentais da Cardiologia moderna”; e que o lugar significativo que esta área ocupa no Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) foi reconhecido, em janeiro de 2019, com a formalização desta Unidade.
Responsável por esta área desde 2014, o coordenador revela que “tem sido possível aumentar gradualmente o número absoluto de procedimentos efetuados e a complexidade e variedade dos mesmos”. A prová-lo está o número de procedimentos invasivos realizados em 2021, o ano de maior atividade da Unidade até agora, apesar dos constrangimentos relacionados com a pandemia; com efeito neste ano foram efetuados 550 procedimentos de implantação ou substituição de Dispositivos Cardíacos Electrónicos Implantáveis (DCEI) e 106 Estudos Electrofisiológicos incluindo 98 Ablações de taquiarritmias.
“Nomeadamente, no que se refere à Eletrofisiologia cardíaca temos capacidade e equipamento para realizar praticamente todo o tipo de procedimentos, incluindo isolamento de veias pulmonares e diagnóstico e tratamento de arritmias supraventriculares e ventriculares complexas.”
Os procedimentos não invasivos da área da arritmologia são também uma parte muito importante da atividade desta Unidade, incluindo, em 2021, 2371 registos de Holter de 24 horas, 70 registos externos prolongados de deteção de eventos e 64 testes de Tilt.
O seguimento de doentes portadores de DCEI é também assegurado pela Unidade de Arritmologia, com um incremento crescente da monitorização remota destes doentes; em 2021 efetuaram-se 4253 consultas de seguimento presencial e 1000 consultas de seguimento remoto.
O coordenador explica que a Unidade está integrada no Serviço de Cardiologia e que funciona em estreita colaboração com os serviços de gestão e de logística do hospital, assim como com as chefias de Enfermagem e de Cardiopneumologia do Serviço.
O cardiologista refere ainda que a Unidade assegura a formação pós-graduada, no âmbito do estágio de Arritmologia do Internato de Formação Específica de Cardiologia do HFF. “Frequentemente temos um médico interno integrado na equipa”, observa.