Celebra-se hoje, sexta-feira, dia 18 março, o Dia Mundial do Sono.
“Um terço do nosso tempo é passado a dormir e isso, já por si, diz muito sobre a importância de dormir”, começa por observar Ricardo Melo, Pneumologista do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF).
Neste dia, o Pneumologista alerta que “de acordo com a sua experiência clínica, a população portuguesa dorme pouco, menos do que devia, de uma forma geral”.
A curto ou longo prazo, um sono de menor quantidade ou qualidade significará, em muitos casos, uma vida com menos saúde, lembra Ricardo Melo. “Por exemplo, pessoas que têm insónia crónica, que se estima existir em cerca de 10% da população geral,
têm um maior risco de ter doenças como a hipertensão arterial e depressão, no futuro”.
As doenças respiratórias do sono são também elas muito frequentes, diz o Pneumologista, “com destaque para a síndrome de apneia e hipopneia obstrutiva do sono, que se caracteriza por episódios frequentes, durante o sono, de obstrução completa ou parcial da via aérea, muitas vezes em associação com ressonar e queixas de sonolência diurna excessiva. Essa situação aumenta o risco de doenças cardiovasculares e acidentes na condução automóvel”.
Por sua vez, Laura Santos, também Pneumologista do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF), adverte que o uso de dispositivos eletrónicos deve ser evitado com o aproximar da hora de dormir.
“Ao longo do dia, o nosso organismo produz melatonina, uma hormona que tem como função induzir o sono. O uso de dispositivos eletrónicos e a estimulação com luz têm o efeito inverso pois inibem a produção de melatonina”, frisa a Médica.
Ricardo Melo sublinha que “a quantidade de sono recomendada depende da idade, sendo maior quanto mais jovem se é, mas um adulto tem de dormir, em boa regra, pelo menos 7h30 a 8h00 por dia”.
Dormir é “fundamental para uma vida saudável e equilibrada e é também, segundo o Dalai-Lama, a melhor meditação,’”, conclui o Pneumologista.