Foram centenas de botinhas de lã, gorros e mantas quentinhas para os bebés que nascem no Serviço de Neonatologia do Hospital Professor Dr. Fernando da Fonseca, da ULS Amadora/Sintra, bordados com carinho por mãos experientes e calejadas de seniores das associações e entidades parceiras da Câmara da Amadora que, ao longo do ano, costuram roupa quente para os pequeninos bebés que são tratados no Serviço de Neonatologia.
O encerramento desta sexta edição de um projeto pioneiro aconteceu no auditório do Hospital Fernando da Fonseca, da Unidade Local de Saúde Amadora Sintra — , com o Encontro “Costurar memórias e solidariedade entre gerações”, iniciativa que pretende assinalar o encerramento da sexta edição do projeto “Do Maior para o Mais Pequeno”, integrado no Programa AmaSénior Viva+.
O projeto de amor surgiu de um desafio lançado à Câmara Municipal da Amadora pela atriz Carla Chambel, uma amadorense de gema, após esta ter constatado, em causa própria, a importância e a necessidade que os artigos de puericultura representam para os recém-nascidos e suas mães, no Serviço de Neonatologia do Hospital Fernando da Fonseca. Afinal, Carla Chambel foi mãe de um bebé prematuro que passou os seus primeiros dias de vida na Unidade de Neonatologia da ULS Amadora/Sintra
O projeto “Do Maior para o Mais Pequeno” concretiza-se através de uma parceria estabelecida com entidades que têm resposta social direcionada à população sénior. Ao longo do ano, os seniores das associações costuram produtos artesanais de puericultura relevantes para bebés e seus pais, como por exemplo: almofadas de amamentação; capas de incubadoras; ninhos para prematuros; mantas; gorros ou botinhas, que posteriormente são doados à Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra.
Na cerimónia que teve lugar no Auditório, o presidente da Instituição, Carlos Sá, teve oportunidade não só de agradecer o “a todos os que disponibilizaram tempo para cá estar e o tempo que gastaram em prol dos nossos bebés”, salientando que “Todos temos o objetivo de cuidar de quem mais precisa”.
Carlos Sá voltou a “agradecer a quem teve a ideia e a implementou ao longo do tempo e agradecer aos mais velhos por libertarem tempo para dedicar a outros”.
“É um exemplo de como uma Unidade Local de Saúde, no casos a de Amadora/Sintra, não se fecha, antes de abre à comunidade e é servida por essa comunidade” – concluiu.