Tânia Nobre, enfermeira especialista na área médico-cirúrgica na UCSP é a responsável pela organização de várias ações de sensibilização destinadas aos (às) utentes da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) Brandoa.
As ações realizadas ao longo dos anos servem para realçar, entre outras temáticas, a importância da higiene das mãos no controlo de infeções, promovendo práticas saudáveis na comunidade, alertando para uma utilização racional dos antibióticos e ensinando como viver com patologias crónicas.
«Há já vários anos, por altura do Dia Mundial da Higiene das Mãos, elaboramos materiais informativos, como cartazes e elementos audiovisuais para chamar a atenção das pessoas, enquanto disponibilizamos desinfetante para mãos de base alcoólica.» E acrescenta que: «Um dos desafios para a equipa é colocar mensagens simples que possam ir ao encontro da população multicultural que temos», refere Tânia Nobre.
Sobre a reação dos utentes, Tânia Nobre é perentória: «Após a pandemia de Covid-19, os utentes ficaram mais despertos para a higiene das mãos. São muito interessados e participativos nestas iniciativas: colocam questões, querem saber mais. Também verificamos estas reações quando realizamos outras ações de prevenção como a correta utilização de antibióticos ou os cuidados a ter com a diabetes.»
Quanto à continuidade destas iniciativas, a Enfermeira da UCSP Brandoa defende que: «é necessário lembrar estes hábitos, em várias alturas do ano, reforçando as mensagens em benefício da literacia e em áreas variadas.» E justifica: «sentimos que conseguimos mudar alguns comportamentos das pessoas. Verificamos atualmente que as pessoas lavam mais as mãos, procuram mais vezes a solução antissética de base alcoólica (saba), para desinfetar as mãos quando chegam e quando saem da nossa unidade.»
Na sensibilização para o uso racional de antibióticos: «a equipa tem feito ações na semana mundial de prevenção, apostado no reforço de medidas de proteção, até em casa, para contribuir para alterar mentalidades. Nota-se melhorias, mas é uma área em que há ainda trabalho a fazer», conclui Tânia Nobre.