Hospital Fernando Fonseca inicia atividade da Unidade de Hospitalização Domiciliária

28 Outubro, 2020

O Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) acaba de implementar nos cuidados de saúde prestados à população dos concelhos de Amadora e Sintra uma nova Unidade de Hospitalização Domiciliária. Este modelo alternativo de hospitalização entrou em funcionamento no final da semana passada, com a admissão do primeiro paciente.

Até ao final de 2021, o HFF prevê a existência de 15 camas de hospitalização domiciliária, estimando prestar cuidados de saúde de excelência e proximidade a 540 doentes. A Unidade de Hospitalização Domiciliária pretende prestar uma resposta de cuidados de saúde de excelência 24 horas por dia, todos os dias do ano.

A hospitalização domiciliária define-se como um modelo de assistência hospitalar direcionado para a prestação de cuidados no domicílio a doentes agudos, cujas condições biológicas, psicológicas e sociais o permitam. Os cuidados de saúde serão prestados pelos mesmos profissionais de saúde presentes no hospital.

O seu público-alvo centra-se numa população maioritariamente idosa, com elevada prevalência de doenças crónicas e com diversas patologias. A Hospitalização Domiciliária do HFF vem responder, também, às necessidades atuais de cuidados de saúde, condicionadas pela pandemia COVID-19.

A equipa de Hospitalização Domiciliária do HFF é composta por três médicos, cinco enfermeiros e outros cinco profissionais de saúde. Será uma mais-valia na oferta dos cuidados de saúde à população servida pela instituição.

Até ao final de 2021 o HFF prevê a existência 15 camas de hospitalização domiciliária, com um internamento médio de dez dias, o que corresponderá a uma estimativa de 540 doentes que beneficiarão deste novo modelo de assistência hospitalar. A hospitalização domiciliária irá funcionar 24 horas por dia, todos os dias do ano, envolvendo visitas médicas três vezes por semana, e visitas da equipa de enfermagem duas vezes por dia, e sempre que necessário, em contexto de urgência.

São inequívocos os ganhos em saúde da implementação deste modelo. Evitando internamentos em contexto hospitalar, a hospitalização domiciliária reforça a segurança dos doentes, com a minimização de possíveis infeções num contexto de pandemia, promovendo ainda a satisfação do utente e família/ ou cuidador, devido à prestação de cuidados de saúde de proximidade.

O internamento em contexto domiciliário contribui também para prevenir complicações associadas ao internamento convencional, entre os quais sentimentos rejeição, o abandono e a institucionalização por parte dos cuidadores num momento tão condicionado pela pandemia. Ao mesmo tempo é garantida a qualidade dos cuidados de saúde prestados, maximizando a eficiência dos recursos disponíveis.

O conceito de Hospitalização Domiciliária surgiu pela primeira vez em 1947, nos Estados Unidos da América, com a experiência “Home Care”, que visava descongestionar os hospitais, assim como criar um ambiente psicológico mais favorável para o doente. Já a primeira unidade a operar neste âmbito chegou à Europa apenas em 1957, a um hospital francês, sendo que no ano de 1996, o Comité Regional da Europa da Organização Mundial da Saúde (OMS) promoveu o desenvolvimento do modelo de “hospital em casa”, seguindo o modelo americano.

Este modelo de internamento chegou a Portugal em 2005. A sua regulamentação ocorreu em 2008.