A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) promoveu no Dia Internacional da Mulher, uma acção de sensibilização para o enfarte agudo do miocárdio. A acção decorreu no átrio, no espaço de consultas e em várias valências do Hospital Fernando Fonseca, na Amadora.
Os sintomas mais comuns de enfarte são a dor no peito, por vezes com irradiação para o braço esquerdo, costas e pescoço, acompanhada de suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade. Na presença destes sintomas é importante ligar imediatamente para o número de emergência médica – 112 e esperar pela ambulância. A pessoa deve evitar tentar chegar a um hospital pelos seus próprios meios.
De acordo com Pedro Farto e Abreu, médico do Hospital Fernando Fonseca e Coordenador Nacional da iniciativa Stent Save a Life, “existem diferenças entre os factores de risco nos homens e nas mulheres. Em geral, a doença coronária manifesta-se na mulher 10 anos mais tarde do que nos homens. As mulheres após menopausa, hipertensas, diabéticas e/ou obesas, têm maior risco de enfarte com aumento da mortalidade. Também as mulheres mais jovens, que sejam fumadoras e que ao mesmo tempo façam contracepção hormonal, têm mais precocemente risco acrescido de enfarte”.
Apesar das diferenças nos factores de risco, entre homens e mulheres, a prevenção deve ser a mesma: praticar exercício físico, não fumar, ter uma alimentação saudável e consultar um médico regularmente.
O enfarte agudo do miocárdio, também conhecido como ataque cardíaco, ocorre quando uma ou mais das artérias que irriga o coração ficam obstruídas, o que impede a passagem das quantidades de sangue e oxigénio necessárias ao normal desenvolvimento deste músculo.