Médica do Hospital Fernando Fonseca recebe prémio por uso racional de antibióticos

26 Maio, 2024

Um projeto desenvolvido sobre o uso e administração de antibióticos, valeu à médica Joana Batista, Assistente Hospitalar de Infeciologia e Coordenadora do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (GCL-PPCIRA), um prémio de destaque internacional.

A médica da ULS Amadora/Sintra desenvolveu um projeto no Serviço de Medicina 2 do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca (HFF) sobre hábitos de descalação da terapêutica antibiótica e mudança de via de administração (de endovenosa para oral). Esta perspetiva no uso de antibióticos veio reforçar a tese de que o medicamento deve ser adaptado à evolução do paciente.

A diversidade de casos encontrados no internamento da Medicina II permitiu, de acordo com a própria “obter resultados muito bons! A qualidade do projeto (e a avaliação) foram assim distinguidos com o segundo lugar de entre todos os participantes, e é esse o significado deste prémio gratificante” – adianta Joana Batista.

 

Sobre a importância deste prémio afirma: “Este curso veio na sequência da minha vontade em adquirir competências e diferenciar-me nesta área, em virtude do trabalho que tenho vindo e continuarei a desenvolver na coordenação do Programa de Apoio à Prescrição de Antimicrobianos. Foi, no global, uma incrível mais-valia formativa. O facto adicional de ter sido o segundo melhor projeto de entre quarenta formandos é um incentivo para continuar a trabalhar e a desenvolver iniciativas e projetos para melhorar a prescrição de antimicrobianos no HFF”.

O júri de avaliação do projeto premiado consistiu numa equipa de dez experts internacionais que fizeram parte da organização científica do curso de Certificação Europeia em Antimicrobial Stewardship (AMS), incluindo os seus diretores Jeroen Schouten e Bojana Beovic, referências nesta área de AMS.

Este prémio veio reforçar a vontade de continuar a melhorar a prescrição antimicrobiana na nossa instituição. Para os nossos utentes, é um compromisso continuado de que lhes seja oferecida a terapêutica mais adequada para a sua situação clínica, com benefício para o próprio e para os doentes futuros, pela prevenção de resistências.

Esta posição ganha maior importância já que “a emergência de resistência aos antimicrobianos é a pandemia do presente contra a qual devemos utilizar todas as ferramentas ao nosso dispor, sendo o uso racional e judicioso de antibióticos a principal arma para o seu combate” – conclui Joana Batista.