Os primeiros socorros são a resposta rápida e inicial a uma emergência médica, através da aplicação de técnicas simples e eficazes para reduzir a gravidade da situação, melhorando as hipóteses de sobrevivência de uma vítima e diminuindo o seu grau de sofrimento.
São, por isso, a primeira ajuda a prestar a uma pessoa para impedir o agravamento do seu estado de saúde, antes de poder receber cuidados especializados. Saber o que fazer e (especialmente) o que não fazer pode significar a diferença nestes casos.
A colocação de uma vítima inconsciente em posição lateral de segurança evita por um lado que a língua impeça a passagem do ar e garante também a drenagem pela boca, de saliva ou outros fluídos, que poderiam contribuir para a obstrução, causando pneumonia ou asfixia.
Segundo o site do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), estes são os passos que deve seguir:
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Em caso de doença súbita ou de acidente grave deve contactar os serviços de emergência médica através do número 112 (número europeu de socorro). Tome nota de algumas informações importantes a transmitir ao telefone:
Os primeiros socorros consistem, conforme a situação, na aplicação de técnicas simples e eficazes como proteção de feridas, imobilização de fraturas, controlo de hemorragias externas, desobstrução das vias respiratórias e realização de manobras de suporte básico de vida.
Mostramos, a seguir, alguns procedimentos, recorrentes em crianças e adultos, que podem ser aplicados por qualquer pessoa.
O que fazer?
Se a vítima não respira, deitá-la de costas e iniciar de imediato os procedimentos do algoritmo do Suporte Básico de Vida. Logo que a vítima respire normalmente, colocá-la em Posição Lateral de Segurança e mantê-la confortavelmente aquecida.
Se o afogamento se deu no mar ou num rio, o socorrista não deve:
O desmaio é provocado por falta de oxigénio no cérebro, à qual o organismo reage de forma automática, com a perda de consciência e queda brusca e desamparada do corpo. Normalmente, o desmaio dura 2 a 3 minutos. Tem diversas causas: excesso de calor, fadiga, jejum prolongado, permanência de pé durante muito tempo, etc.
Palidez, suores frios, falta de força e pulso fraco são alguns dos sintomas.
O que fazer?
Se nos apercebermos de que a pessoa está prestes a desmaiar:
Se a pessoa já estiver desmaiada:
O golpe de calor ou insolação é uma situação resultante da exposição prolongada ao calor, num local fechado e sobreaquecido (por ex., dentro duma viatura fechada, ao sol) ou da exposição prolongada ao sol, nomeadamente na praia.
Dores de cabeça, tonturas, vómitos, excitação e inconsciência são alguns dos sintomas.
O que fazer?
A insolação é sempre grave, em especial nas crianças, e pode provocar hemorragia cerebral. Esta situação necessita de transporte urgente para o Hospital.
O estado de choque caracteriza-se por insuficiência circulatória aguda com deficiente oxigenação dos órgãos vitais. As causas podem ser muito variadas: traumatismo externo ou interno, perfuração súbita de órgãos, emoção, frio, queimadura, intervenções cirúrgicas, etc. Não tratado, o estado de choque pode conduzir à morte.
Palidez, olhos mortiços, suores frios, prostração (imobilidade e ausência de reação) e náuseas são alguns dos sintomas. Num estado de agravado, o pulso está fraco, a respiração superficial e pode levar à inconsciência.
O que fazer?
Se a vítima estiver consciente:
Se a vítima não estiver consciente deve colocá-la na Posição Lateral de Segurança. Deve aguardar a chegada dos serviços de emergência para que a vítima seja transportada para o hospital.
Nunca deve tentar dar de beber à vítima.
Uma ferida tem quase sempre origem traumática, que além da pele (ferida superficial) pode atingir o tecido celular subcutâneo e muscular (ferida profunda).
O que fazer?
Se a ferida for mais extensa ou profunda, com tecidos esmagados ou infetados (ou se contiver corpos estranhos), deverá proteger apenas com uma compressa esterilizada e encaminhar para tratamento por profissionais de saúde. É uma situação grave que necessita transporte urgente para o Hospital.
Se houver hemorragia:
Se se tratar de uma ferida dos membros, com hemorragia abundante, pode ser necessário aplicar um garrote. O garrote pode ser de borracha ou improvisado com uma tira de pano estreita ou uma gravata. Como aplicar o garrote:
O que não deve fazer:
Em caso de fratura ou suspeita de fractura, o osso deve ser imobilizado. Qualquer movimento provoca dores intensas e deve ser evitado.
Sinais e Sintomas
Dor intensa no local, edema (inchaço) e perda total ou parcial dos movimentos.
Encurtamento ou deformação do membro lesionado.
O que fazer?
Note bem:
As fracturas têm de ser tratadas no Hospital.
As talas devem ser sempre previamente almofadadas e bastante sólidas. Quando improvisadas, podem ser feitas com barras de metal ou varas de
madeira.
Se se utilizarem talas insufláveis, estas devem ser desinsufladas de 15 em 15 minutos para aliviar a pressão que pode dificultar a circulação do sangue.
O que não fazer:
Este e outros exemplos de procedimentos em caso de emergências podem ser consultados no Manual de Primeiros Socorros.
Não sendo socorrista, e tratando-se de um acidentado de maior gravidade, o crucial é saber comunicar o caso com os serviços de emergência da forma mais eficaz possível.
Saber informar pode salvar uma vida!
*Os conteúdos são informativos e não pretendem substituir pareceres de cariz profissional e científico.